Em resposta à tentativa de restrição de menores, ParadaSP convida autoridades a conhecerem e participarem do evento

ParadaSP, organizada pela APOLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo), manifesta publicamente sua discordância com o parecer da Procuradoria-Geral da República na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.584, que opinou pela constitucionalidade da lei do Estado do Amazonas que restringe a participação de crianças e adolescentes em Paradas do Orgulho LGBT+, salvo mediante autorização judicial.

Para a Associação, as Paradas do Orgulho são manifestações pacíficas, educativas e democráticas, que promovem o respeito à diversidade, a cidadania e os direitos humanos. Famílias inteiras participam desses atos em apoio a seus filhos e filhas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais plural e acolhedora.

“Acompanho a Parada desde sua primeira edição e, apesar das recorrentes tentativas de difamar o evento, é cada vez mais comum vermos famílias em suas diversas formações participando com crianças, bebês e adolescentes, fortalecendo seus vínculos familiares e reivindicando seus direitos ao reconhecimento e validação como família.”, acrescenta Nelson Matias Pereira, presidente da ParadaSP.

Diante desse cenário, a ParadaSP convidou o ministro Gilmar Mendes, relator da ADI 7.584, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, a comparecerem pessoalmente à 29ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, marcada para o dia 22 de junho de 2025, na Avenida Paulista.

O convite tem o objetivo de proporcionar uma vivência direta da mobilização e reforçar sua relevância social, política e familiar.

Fotografia colorida de pais e crianças na Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo - divulgação Acervo ParadaSP
Parada do Orgulho LGBT+ | divulgação Acervo ParadaSP

Neste ano, a manifestação tem como tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”.

A nota é assinada em conjunto com o Encontro Brasileiro de Organizações de Paradas LGBT+, a Aliança Nacional LGBTI+, a ABRAFH – Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas, a AFER – Associação Família e Resistência, o coletivo Abraça +, o grupo Mães da Resistência, o MPD – Mães Pela Diversidade e a organização Minha Criança Trans.

Como parte das ações que antecedem a Parada, entre os dias 16 e 18 de junho será realizado em São Paulo o VI Encontro Brasileiro de Organizações de Paradas LGBT+, que abre oficialmente a Semana da Diversidade e tem como foco promover discussões relevantes para a comunidade LGBT+, como o tema destacado acima.

O evento reunirá mais de 100 representantes de Paradas de todo o país para uma programação intensiva com oficinas, debates e articulações institucionais voltadas à formação técnica e à construção de políticas públicas que fortaleçam a atuação do movimento.

Sobre a ParadaSP

A ParadaSP, organizada pela APOLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo) é uma ONG, sem fins lucrativos, fundada em 1999. Detém a marca Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, que acontece desde 1997 na Avenida Paulista.

Parte desses participantes fundou a ParadaSP, que, desde então, cresceu com a ajuda de voluntários. A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo tornou-se a maior do mundo, amplificando as vozes da comunidade LGBT+ e possibilitando que a ParadaSP realizasse outros eventos militantes.

Arte colorida de ParadaSP com o tema Envelhecer LGBT - divulgação 29 Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo
ParadaSP | Envelhecer LGBT – divulgação 29. Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo