Solo Mulher Sem Fim, de Andréia Nhur, faz curta temporada no CCSP de 17 a 20 de abril

Mulher Sem Fim é um espetáculo multiartístico e multilíngue, criado e dançado por Andréia Nhur, em criação colaborativa com Paola Bertolini e os grupos sorocabanos Pró-Posição Dança Katharsis Teatro. No solo, figuras históricas de mulheres são representadas por gestos, cantos e textos da artista. Entre outras referências, são levados à cena fragmentos de Emma Bovary, Lady Macbeth, Carmen Miranda e Dadá, a cangaceira.

Constituído por pequenos quadros narrativos, a obra propõe uma reflexão sobre a construção cultural da mulher no aspecto social, afetivo e subjetivo.

Fotografia colorida de Mulher Sem Fim por Danilo Batista
Mulher Sem Fim | Foto: Danilo Batista

As apresentações desta temporada são gratuitas e acontecem de 17 a 20 de abril (quinta a sábado, 20h; e domingo, 19h), no Centro Cultural São Paulo.

O trabalho anuncia relações corpóreas e sonoras sobre construção do feminino, opressão, liberdade, loucura, devaneio, poder, resistência e infinitude, por meio de uma proposta estética que mistura dança contemporânea, teatro, música e performance. A estrutura cênica se ancora na fisicalidade e na vocalidade, trazendo questões femininas e feministas em movimento intermitente.

Tangenciando as narrativas críticas da opressão e fracasso do corpo feminino diante do patriarcado, o solo abre frestas para uma outra abordagem: não se trata de uma peça-denúncia, mas de uma peça-dança-multilíngue enunciada por um corpo que constrói e destitui exaustivamente sua cisgeneridade para dar vasão a leituras e reflexões abertas sobre a condição feminina.

A peça propõe um corpo constantemente trespassado por ecos de mulheres presentes nas memórias de diversas culturas, traçando uma dramaturgia de transformação corpórea. Em constante transformação, a artista desenha e apaga sua própria condição de gênero, por meio de citações de outras mulheres.

“São várias narrativas que se encerram e chegam nas outras”, sintetiza Andréia, reforçando no entanto que o que conduz “Mulher Sem Fim” é a narrativa de mulheres vivendo nos limites do que suas culturas oferecem. Como definiu o crítico boliviano Mijail Zapata, “corpo e feminismo são os dois materiais que formam o canto de ‘Mulher Sem Fim’”.

Sinopse Curta

Mulher sem fim é uma peça multiartística que transita entre dança, teatro, música e performance para edificar um corpo constantemente trespassado por ecos de mulheres presentes nas memórias de diversas culturas. De Madame Bovary a Lady Macbeth, passando por Carmen Miranda, o trabalho traça uma dramaturgia da transformação corpórea de uma performer que desenha e apaga sua própria identidade de gênero, por meio de citações de outras mulheres.

Ficha Técnica

Texto, Criação e Performance: Andréia Nhur

Colaboradores: Janice Vieira, Paola Bertolini e Roberto Gill Camargo

Iluminação: Roberto Gill Camargo

Produção e Fotos: Paola Bertolini

Assistente de produção: Fernando Vitor

Operação de luz: Felipe Fly Hirano

Serviço

Mulher Sem Fim

Temporada: 17 a 20 de abril de 2025, quinta a sábado, 20h; e domingo, 19h

Local: Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo – SP, 01504-000)

Duração: 45 minutos

Classificação: Livre

Ingressos: Grátis (Chegar com 2h de antecedência e retirar na bilheteria do CCSP)