Para celebrar os 52 anos do álbum de estreia Secos & Molhados, Coral Paulistano realiza concerto de homenagem com participação especial de João Ricardo
Em maio, o Coral Paulistano e a Orquestra Sinfônica, sob regência de Maíra Ferreira, com direção de Otávio Juliano e participação especial de João Ricardo, apresentam Secos & Molhados, um concerto em homenagem aos 52 anos do álbum homônimo, que figura constantemente as primeiras posições nas listas de álbuns e capas mais icônicas da música brasileira. As apresentações acontecem no dia 16, sexta-feira, às 20h, e 17, sábado, às 17h, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo.
Neste concerto, o Coral Paulistano apresenta as canções desse icônico disco de estreia de Secos e Molhados, como Sangue Latino, O Vira, Rosa de Hiroshima, O Vira, Fala, Flores Astrais, entre outras. Além de poemas, vertidos em música, dos seguintes autores: Cassiano Ricardo, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes e João Apolinário, pai de João Ricardo. Os ingressos custam de R$11 a R$70, a classificação é livre e duração de 60 minutos.

Meio século de história de volta ao palco
A origem do nome da banda é tão emblemática, quanto o grupo em si, em 1970, durante uma viagem do cantor e compositor, João Ricardo, que estava em Ubatuba e se deparou com um armazém cuja placa indicava “secos e molhados”. Os dizeres lhe chamaram a atenção, e imaginou que seria um excelente nome para sua banda. No ano seguinte, o grupo foi formado ao lado de Ney Matogrosso e Gérson Conrad e, em 23 de maio de 1973, gravaram seu primeiro disco de estúdio: Secos & Molhados.
Com letras atemporais e vocais marcantes de Ney Matogrosso, o disco uniu estilos musicais como folk, pop, glam rock, free jazz, rock progressivo e baião, o que possibilitou a conquista de fãs de gêneros musicais completamente distintos, inclusive os admiradores do mundo underground.
Com a maioria dos arranjos escritos por Zé Rodrix, Secos e Molhados utilizava instrumentos elétricos, tinha um forte apelo cênico em suas performances e uma estreita relação com a poesia. Além disso, a capa do disco, de autoria do fotógrafo Antonio Carlos Rodrigues foi eleita, através de enquete, em 2000 pelo jornal Folha de São Paulo como a melhor já produzida no país.
O concerto tem direção de Otávio Juliano, responsável pelo documentário Secos & Molhados (2021), e foi durante as gravações das entrevistas para o documentário com João Ricardo, realizadas no Theatro Municipal, que o diretor comentou sobre a possibilidade de ter “a obra da banda Secos & Molhados cantada por esse coral incrível”, e Ricardo, o principal compositor e fundador da banda adorou a ideia.
Sobre o concerto, o diretor pontua: “Será também um espetáculo com elementos audiovisuais novamente, como o de 85 anos do Coral Paulistano, com a presença do próprio João Ricardo, que é muito raro, celebrando a música do Secos e Molhados, as composições incríveis de um álbum que entra na história, considerado um dos grandes álbuns da música brasileira, e a capa considerada pela revista Rolling Stone, como uma das melhores capas de todos os tempos. Então, serão duas noites muito especiais para celebrar essa obra.”
A regente, Maíra Ferreira, destaca a importância de valorizar e trazer novos ares para um clássico da música nacional.
“Esse repertório é inesquecível, está na memória dos brasileiros, uma obra que foi feita na década de 70 e ainda é tão presente.
O Coral Paulistano busca valorizar a música brasileira, todas as músicas brasileiras, não o que chamamos de música de conceito apenas, mas a música que tem nossa identidade. Então achamos que seria ideal a junção de todas essas forças e celebrar essa música que é nacional e diferente do que costumamos apresentar, porque o nosso público também merece diversidade.” conclui.
Mais informações disponíveis no site.
SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil.
O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras).
Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado. Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
Quem apoia institucionalmente nossos projetos, via Lei de Incentivo à Cultura: Nubank, Bradesco, IGC Partners, Lefosse, Banco Daycoval e Grupo Splice. Pessoas físicas também fortalecem nossas atividades através de doações incentivadas.
SOBRE A SUSTENIDOS
A Sustenidos é uma organização referência na concepção, implantação e gestão de políticas públicas na área cultural que já impactou a vida de mais de 2 milhões de pessoas em 25 anos de atuação. Atualmente, é gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, do Conservatório de Tatuí e do Musicou, além do projeto especial MOVE e o festival Big Bang.
De 2004 a 2021, também foi gestora do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro. Eleita pelo prêmio Melhores ONGs a Melhor ONG de Cultura em 2018 e uma das 100 Melhores ONGs do Brasil em 2022, a Sustenidos conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura Municipal de São Paulo e outras, de empresas e pessoas físicas.
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